Olá! Revisitando meus últimos posts, vi que fazia muito tempo que não trazia algo que usei como look do dia por aqui. Isso tem uma série de motivos, o primeiro é meio óbvio foi a falta de me arrumar para sair por conta da pandemia, o segundo foi o fato das pessoas concentrarem os looks nas redes sociais - principalmente o Instagram, e agora, eles terem caído por água baixo tendo que serem mostrados em vídeos.

De qualquer forma, eu segui registrando algumas produções que fiz e vim mostrar para quê usei cada uma delas, no caso de isso te ajudar a pensar em algo similar quando for sair. 

E se você gosta de ver ainda esse tipo de conteúdo, deixa um comentário me falando!

São produções feitas com roupas de marcas diferentes, e muitas de coleções antigas já (2020 a 2022), mas ainda assim, tenho certeza que é válido. E se quiser já fazer alguma compra pensando em algo que usei, não se esqueça de sempre pesquisar cupons online ou cashback, para sempre poder sobrar um saldo para uma próxima compra.

Visita ao Farol Santander

Sempre quis ir ao prédio do Banespa para ver a vista da cidade de São Paulo e nunca desenvolvi a ideia de fato. Nas minhas férias do ano passado eu quis ir visitar, o atual Farol Santander, que além de te dar o acesso ao observatório, também tem restaurante, café e exposições.

Como estava com clima ameno, resolvi ir com roupa leve, e a produção foi essa:

Look para ir ao Farol Santander | (Imagem acervo pessoal)

Tanto a bata bordada quanto a bolsa e a calça jeans é tudo Zara, abençoada sejam as liquidações que eles fazem! Hehehe O tênis branco é Asics modelo Japan S.

Café ou chá da tarde - Mori Chazeria

Quem me segue no Instagram (@vsusaki) vai ver na minha área de reels que andei fazendo uns vídeos sobre locais asiáticos para ir comer, e eles fizeram um sucesso. Um dos locais se chama Mori Chazeria, que fica ali entre a Brigadeiro e a Paraíso e é uma casa especializada em chás japoneses, eles se denominam Tea Cafe. Tirei foto dos looks que usei nas duas vezes que fui até lá, uma enquanto era outono, e a outra - quando fiz o reels - agora no verão.

É um local com alguns ambientes diferentes, dá para ir com amigos, família ou casal. Lá no terceiro andar em que fica a área aberta, tem um pequeno espaço verde com plantas e um painel todo colorido, que é o da primeira foto.

Look 01 para ir na Mori Chazeria | (Imagem de acervo pessoal)

Este look é todo comprado online na pandemia em 2020/2021. A calça off-white de veludo cotelê é da Renner e a blusa de oncinha é liquidação de inverno da Farm. O tênis cano alto creme com detalhes em laranja é Coca-Cola, ele é muito confortável.

Look 02 para ir na Mori Chazeria | (Imagem de acervo pessoal)

Este look é um amor! Quando olhei a saia na Renner eu nem vi o preço, queria ela a todo custo, mas a usei apenas duas vezes - ela é de tricô e um pouco quente. Todo mundo que me vê com ela pergunta de onde é, e pode parecer Farm, mas é Renner. O top preto é Zara da linha TRF, sempre tem várias cores dele nas coleções e é na em torno de R$60,00. O tênis é o mesmo Asics branco do look do Farol.

Restaurante coreano Bicol

Depois que entrei no universo dos doramas coreanos e experimentei a culinária local, me apaixonei! Sempre que posso vou conhecer um local novo em São Paulo, e aqui no bairro da Aclimação tem um lugar chamado Bicol que vale bastante a pena para ir com amigos, já que as porções são grandes.

No dia que fui estava mais calor, então usei pela primeira vez um vestido de oncinha da coleção Diane Von Furstenberg para C&A, além dele ser fresquinho, ele tem bolsos! Amo vestido com bolsos. 

Look para almoçar no Bicol | (Imagem acervo pessoal)

Nos pés usei uma sapatilha nude da Anacapri e o óculos é um Rayban degradê azul. Esse local é onde a gente espera para vagar uma mesa, e o lugar é bem arejado e espaçoso.

Sessão de cinema

Agora em fevereiro, o BTS lançou a versão do último show deles em Busan. Como tentei ir no show em 2019 e não consegui, veio a pandemia, e agora o hiato por conta do exército obrigatório (meu querido Jin já está lá há mais de 80 dias) fui com minha amiga ver o show em tela grande, melhor do que nada né? Sem contar que no dia que ele foi transmitido online o sinal ficava travando e depois quando teve reprise, eu estava internada no hospital (calma, que já estou bem).

Look para ir no cinema ver o BTS 💜 | (Imagem de acervo pessoal)

Gosto muito de usar calça branca, ainda mais no verão, mas como todo dia que faz calor chove, nesse eu resolvi desafiar o tempo. A calça é um modelo slouchy da Amaro, mais folgada no quadril e que afunila na perna. Combinei com um top preto nadador canelado da Zara e uma sandália verde bandeira da Wishin para dar um ponto de cor. A bolsa mais esportiva é de liquidação da Zara também.

Contem quais foram as produções que mais gostaram e se querem seguir vendo os registros dos looks por aqui! Um ótimo fim de semana para vocês!

 Em 2019, o filme sul-coreano Parasita foi lançado e após muitas críticas positivas e prêmios pelo mundo, conseguiu um fato inédito, o Oscar de melhor filme (e mais três estatuetas), o primeiro do país. Esse foi o divisor de águas para que começasse a se valorizar mais filmes de outras etnias, para que se olhasse mais para cultura do outro lado do mundo. Como descendente de japoneses e apoiadora da maior difusão da cultura asiática, tive orgulho em 2020 quando o filme ganhou as 4 categorias em que estava concorrendo, além da Palma de Ouro e do BAFTA. 

E agora, em 2022, tenho o mesmo sentimento e muita empolgação de estar na torcida pelo Oscar de melhor filme ou melhor roteiro adaptado para "Drive my car", filme japonês de Ryusuke Hamaguchi adaptado do conto de mesmo nome de Haruki Murakami, do livro "Homens sem mulheres" (2015).

O conto não é extenso, ele narra o dilema de Yusuke Kafuku, que após se tornar viúvo precisa conviver com uma dúvida deixada com ele após a morte de sua mulher. Sem amigos e focado no trabalho, ele encontra na motorista Misaki uma pessoa com quem pudesse dividir o que sentia, simplesmente pelo fato dela deixá-lo extremamente confortável enquanto dirigia. Isso é um resumo do conto! Mas, vamos falar sobre o filme?

Filme: Drive my car

Oto e Kafuku | (Imagens de divulgação)

Fui convidada para uma cabine, onde jornalistas, imprensa e influenciadores assistem antecipadamente a uma sessão do filme antes da estreia para ajudar em sua divulgação fazendo críticas ou indicações.

Foram 3 horas de filme, segundo o representante da O2 Filmes a distribuidora do longa aqui no Brasil, ainda poderiam haver modificações na versão que vai aos cinemas a partir do dia 17 de março, e que estará disponível na plataforma MUBI em 1º de abril.

Posso dividir a história do filme em 3 partes, já que estamos falando de uma adaptação de um conto para um filme. A primeira parte nos mostra a relação de Kafuku com Oto, sua esposa. O dia a dia do casal pode parecer monótono no começo, deixando as coisas meio paradas. Mas, a intenção é mostrar exatamente a rotina de dois adultos na casa dos 40 anos, com uma relação de trabalho e de convivência estáveis, o que não deixa margem para pensar nas ações de Oto.

Kafuku trabalha como ator, enquanto Oto deixou de ser atriz para ser roteirista. A peça que ele está encenando é Tio Vânia, de Tchekhov - clássico da literatura russa, e sim meu nome é comum de dois. O drama da peça de teatro acaba de alguma forma se misturando com o drama da vida de Kafuku, que porventura torna-se sendo regada pela culpa. Quando Oto tenta pedir um tempo de Kafuku para ter uma conversa importante sobre algo, ele chega tarde tentando evitar este encontro e se depara com a esposa inconsciente, e é aí que a "primeira parte" do filme fecha.

Após dois anos da morte de Oto, ele é chamado para dirigir a mesma peça que estava encenando quando Oto falecera, mas na cidade de Hiroshima. Por questões éticas do grupo de teatro, é designado a Kafuku uma motorista. Seu automóvel um Saab 900 é uma de suas paixões, porém, como também é diagnosticado com um problema na vista, ele acaba por aceitar Misaki - uma jovem na casa dos 20 anos - para o cargo.

Kafuku (Hidetoshi Nishijima) | (Imagens de divulgação)

A "segunda parte" trabalha a construção do elenco e da preparação dos atores para encenar a peça, e é aí a parte mais linda da adaptação, são atores que falam diferentes línguas e seguem o método das falas decoradas fielmente para interpretar o drama. O que Kafuku não espera é se encontrar com uma peça em comum com seu passado com Oto, que traz à tona a angústia deixada por sua mulher mais forte.

Não há muito diálogo entre ele e Misaki durante esta parte do filme, mas conforme ela dirige, ele acaba tendo mais curiosidade ainda sobre quem é esta pessoa, enquanto a mesma começa a acompanhar de perto a vida amargurada deste diretor.

A fotografia do filme também muda bastante, enquanto a primeira parte se passa em Tóquio, a segunda mostra lindas panorâmicas de Hiroshima - que também é lembrada com menções ao Memorial da Paz, já que foi uma das duas cidades bombardeadas na Segunda Guerra Mundial.

Misaki e Kafuku dentro do Saab 900 | (Imagem de divulgação)

Na "terceira parte", Kafuku começa a se abrir mais sobre o que aconteceu em seu passado e encara de frente o homem com quem tem pontas soltas, numa tentativa de adivinhar as ações de Oto. E seguindo o enredo, Misaki dá abertura sobre sua vida à Kafuku após presenciar certas confissões dentro do carro e, sua história serve de consolo para ele, de alguma maneira. Quando Kafuku, finalmente, olha para a trajetória da garota, os dois descobrem sentimentos em comum: culpa e o ressentimento.

É aqui que o ponto de tensão acontece, e Kafuku precisa tomar uma decisão após uma reviravolta antes da estreia de sua peça. E seu pedido para Misaki é conhecer o lugar de onde ela vem, em Hokkaido, no extremo norte do país.

Conduzido por ela em seu Saab 900 e com dias ininterruptos de viagem, os dois se consolam no percurso, e é no passado de Misaki que Kafuku entende o que fazer com tudo aquilo que sente.

O roteiro é bem do estilo que eu gosto, profundo e que não deixa você tirar os olhos da tela. Não é algo dinâmico e nem de longe tem qualquer efeito espetacular, mas a riqueza de cada personagem é muito bem construída!

Indico o filme para todos que gostam de uma boa história e fico na torcida para que o Brasil goste e abrace mais o cinema asiático.

Ficaram interessados na resenha? Depois me contem se assistiram! Mostrei um pouco de como foi a cabine no meu Instagram @vsusaki, aproveita e já me segue por lá!