Qualquer alteração na pele é digna de atenção e cuidados e quando se trata do melanoma, a atenção deve ser redobrada. Ele é caracterizado pelo surgimento, ou pela alteração do aspecto de uma pinta. Consiste em um câncer de pele que possui alta capacidade de se espalhar, sendo muito comuns na raça humana, pois as neoplasias de pele são as mais frequentes.

Para aprender mais sobre este tipo de câncer, sua causa e tratamento a dermatologista da Universidade Federal de São Paulo, Dra. Juliana Toma foi consultada e deu algumas instruções sobre a doença.

O que é melanoma?
É um tumor maligno cuja origem se dá nas células produtoras de melanina, ou seja, nos melanócitos (responsáveis pela coloração da pele). O acontece é um desajuste genético que faz com que tais células passem a produzir de forma desordenada.

Apesar de ser um tumor cutâneo, o melanoma pode afetar qualquer tecido, inclusive órgãos vitais, como cérebro, vias respiratórias e coração. Portanto, este tipo de câncer é altamente letal, devido à alta capacidade de metástase.

Causas do melanoma

O principal fator associado ao desenvolvimento de melanoma é a exposição solar intensa e prolongada gerando a queimadura causada pela luz solar que causa lesões que podem desequilibrar as defesas do organismo. A produção de melanina é uma defesa, uma busca de proteger a pele contra a invasão de radiação, porém este mecanismo quando é muito frequente ao longo da vida, pode causar o desajuste dos melanócitos.

Além disso, há fatores de risco que contribuem com o desenvolvimento deste carcinoma:

• · Ter pele clara;
• · Pessoas com tendência a ter sardas;
• · Histórico familiar de melanoma ou outros tipos de neoplasia;
• · Ser do sexo masculino;
• · Ter idade entre 30 e 50 anos.

Sintomas do melanoma
É preciso ficar atento aos sinais do melanoma¸ preste atenção aos principais sintomas indicativos:

• · Surgimento de manchas de coloração diferente da pele, como vermelha, azulada, preta, etc;
• · Alteração do tamanho ou forma de uma pinta já existente;
• · Manchas assimétricas, com formas irregulares;
• · Sangramento no local da pinta ou mancha;
• · Coceira ou ardor;
• · Feridas com dificuldade de cicatrização

 Fique atento, portanto, à cor, ao diâmetro, às bordas irregulares e à assimetria de pintas novas ou já existentes. Diante de qualquer alteração destes fatores, procure rapidamente o atendimento médico dermatológico ou oncologista.

Tratamento de Melanoma

O tratamento deve se adequar à evolução do melanoma, isto é, em estágio inicial o tratamento consiste no procedimento cirúrgico com finalidade de remover a pinta, que poderá ser retirada de forma eficaz, já que inicialmente ela é ainda superficial.

Dermatologista consultada Dra. Juliana Toma | (Imagem de divulgação)

No estágio mais avançado, em que o melanoma tenha feito metástase e se espalhado, a cirurgia é necessária, mas pode não ser suficiente, tendo a necessidade de realizar também quimioterapia, radioterapia e/ou imunoterapia.

Tanto em estágio inicial como avançado, é essencial realizar exames periódicos para acompanhar a evolução do tratamento, isto é, após a cirurgia deve-se realizar análise histopatológica utilizando a peça cirúrgica que foi removida.

Consequências do melanoma

Ser diagnosticado com melanoma é um impacto para a pessoa afetada, bem como para familiares, afinal trata-se de uma neoplasia com potencial letal, além disso o tratamento é desconfortável e doloroso, poderá haver consequências como queda de cabelo, fraqueza e consequências emocionais como interferência na autoestima e estresse.